Sabemos que um dos grandes desafios da indústria farmacêutica são os custos de estocagem, devido ao alto valor das matérias-primas e aos custos de produção provenientes de processos e equipamentos cada vez mais modernos e sofisticados. Com as constantes oscilações do mercado e a busca pelo bom atendimento aos clientes, muitas empresas acabam transferindo para o processo de manufatura uma grande instabilidade, resultando em trocas desnecessárias de produtos e excesso ou falta de estoque.

Este é o sexto e último artigo da série “Implementação do Sistema Puxado”. Vamos falar do quarto loop (Figura 1): Sistema Puxado com Clientes. Se você está lendo este artigo, provavelmente já leu os artigos anteriores; se você não leu, acesse aqui: Tenha vantagens competitivas, melhorando a qualidade do seu estoque de produto acabado.

“Um modelo de planejamento baseado na reposição de estoques que conecta todas as fases do processo e no qual a produção só inicia quando a demanda ocorre de fato. O cliente emite o pedido, e a partir desse sinal, cada processo ‘puxa’ as unidades de um estoque mínimo necessário (supermercado), que garante o nível de serviço desejado pelo processo cliente. O processo fornecedor é responsável por repor a quantidade solicitada dentro da frequência estabelecida”.

Dando sequência à nossa série de artigos sobre Sistema Puxado (se você não leu o anterior, veja o link: Por que as empresas não aplicam o Sistema Puxado?). vamos explicar, neste artigo, as principais diferenças entre o Sistema Puxado e o Sistema Empurrado.

É evidente o crescimento da aplicação do lean nos últimos 30 anos no Brasil; nos diversos segmentos das empresas, são muitos os casos de sucesso e os excelentes resultados financeiros com a aplicação de diversas metodologias e ferramentas. Por outro lado, um ponto que sempre me chamou a atenção é que o Sistema Puxado ainda é pouco aplicado.